terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ao meu querido protagonista.

Sinto teu cheiro em cada som que me toca. A cada gesto meu, vejo as densas cores dos teus pensamentos. Indagar-te-ei sobre a música que pensas, sempre que me vê. Sobre tudo aquilo que nos preenche em momentos vãos.

Evito causar-te furor. Não me interessam as paixões desmedidas, entregues ao acaso. Estas são recheadas de sangue e dor. Antes, me tocam os esboços tracejados em lua alta, as músicas compostas com alegria, narrativas de prazeres mundanos e os olhares risonhos. Estes me despertam.

Desejos furtivos, gerados por síncronos corações. Simultâneos gestos.